Entender profundamente a Falência da WeWork, os investimentos, seus inquilinos e os riscos envolvidos é essencial neste momento. Os fundos imobiliários são veículos de investimento que refletem diretamente a dinâmica do mercado, e a situação atual destaca a importância de uma análise minuciosa.
A WeWork, como inquilino-chave em diversos empreendimentos, desencadeia reflexos em diferentes partes do globo. Para investidores desses fundos, torna-se crucial conhecer em detalhes as características de cada ativo, a diversificação do portfólio e como os gestores estão se preparando para enfrentar desafios emergentes.
Encorajamos os investidores a aprofundar seu conhecimento, explorando não apenas os aspectos positivos de seus investimentos, mas também os riscos subjacentes.
A transparência e a capacidade de adaptação são fundamentais, e os gestores dos fundos estão trabalhando diligentemente para mitigar impactos potenciais.
Vale inclusive questioná-los diretamente pela área de RI (Relacionamento com Investidores) para saberem como cada um deles está trabalhando para reduzir eventuais problemas.
Esteja ciente que na jornada dos investimentos, a compreensão e informações são as maiores aliadas. A solidez de estratégias bem fundamentadas pavimentam o caminho para decisões mais assertivas.
Este vídeo tem caráter educacional e não deve ser considerado como análise de ativos mobiliários, portanto, não tome decisão de compra ou venda baseada nas opiniões aqui expressadas, trata-se apenas de considerações a respeito da própria carteira do nosso sócio e ponderações que ele faz nas escolhas de seus próprios ativos.
Introdução, A Falência da WeWork
A WeWork, uma empresa de coworking, recentemente anunciou falência nos Estados Unidos, o que levanta preocupações sobre os impactos dessa situação no Brasil. Muitos fundos imobiliários possuem salas ou prédios alugados para a WeWork, o que pode afetar os cotistas e os rendimentos distribuídos ao longo dos meses. Neste artigo, vamos discutir os possíveis impactos da falência da WeWork em seis fundos imobiliários brasileiros: SÃO11, BRCR11, RC RB11, OUR11, SAD11 e HB RH11.
SARE11 – Santander Renda de Aluguéis
O fundo SÃO11 tem dois imóveis corporativos locados para a WeWork: WT Morumbi e Work Bella Sintra. O WT Morumbi foi adquirido com alavancagem, o que significa que o fundo possui uma dívida relacionada a esse ativo. No entanto, o WT Morumbi é o ativo mais valioso do fundo. Além disso, o fundo possui outros imóveis e investimentos em outros fundos imobiliários. É importante destacar que metade dos fundos imobiliários deste ano apresentaram queda, incluindo o SÃO11, que teve uma queda significativa de 28,5%. Apesar disso, o fundo ainda é considerado uma boa opção de investimento.
BRCR11 – BTG Corporate Office
O fundo BRCR11 possui um prédio locado para a WeWork, o Torre Almirante, que possui uma vacância um pouco maior do que outros ativos do fundo. No entanto, o BRCR11 tem uma carteira diversificada, com mais de 15 imóveis e vários inquilinos de diferentes setores. O fundo teve uma queda nos últimos meses, mas ainda é considerado um dos mais robustos listados na bolsa.
RCRB11 – Rio Bravo Renda Corporativa
O fundo RC RB11 possui um empreendimento locado para a WeWork, o Edifício Girassol 555. Apesar disso, o fundo tem uma exposição menor à WeWork em comparação com outros fundos mencionados. O Edifício Girassol não possui nenhuma vacância no momento, mas isso pode mudar caso a WeWork saia do local. O fundo também possui outros ativos, e a vacância total do fundo está em torno de 8,8%.
OURE11 – Our Investimentos
O fundo OUR11 possui um imóvel locado para a WeWork, o Escritório Barra. Apesar da concentração de 20% no imóvel da WeWork, o fundo tem uma garantia de locação de 105% ao ano, o que traz um certo conforto. O OUR11 também possui outros tipos de ativos em sua carteira, como imóveis residenciais e comerciais.
SADI11 – Santander Agências
O fundo SAD11 tem a maioria de seus investimentos em recebíveis imobiliários, mas também possui investimentos em outros fundos imobiliários. Apesar disso, o fundo tem uma exposição considerável à WeWork. É importante destacar que os recebíveis imobiliários adquiridos pelo fundo vencem apenas em outubro de 2031. No entanto, o fundo não traz informações detalhadas sobre a exposição específica à WeWork.
HBRH11 – Elera Hybrid Bank Renda Híbrida
O fundo HB RH11 possui dois empreendimentos com exposição à WeWork, o Escritório Barra e o Vista Faria Lima. O Vista Faria Lima é considerado o melhor prédio da WeWork dentro do fundo. No entanto, a exposição total da WeWork no fundo é de cerca de 20%. O fundo também possui outros tipos de ativos, como imóveis residenciais e comerciais.
Conclusão
Em resumo, os impactos da falência da WeWork nos fundos imobiliários brasileiros podem variar dependendo da exposição de cada fundo à empresa. Alguns fundos possuem uma exposição maior e podem ser mais afetados, enquanto outros possuem uma exposição menor. É importante que os investidores verifiquem a composição de suas carteiras e avaliem os riscos associados à WeWork. Além disso, é recomendado entrar em contato com as equipes de relações com investidores dos fundos para obter informações mais detalhadas sobre a exposição à WeWork e as medidas que estão sendo tomadas para mitigar possíveis impactos negativos.